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Serviço de Anestesiologia da Santa Casa: pioneiro em tudo

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Prédio da Santa Casa em Belo Horizonte
(Foto: arquivo Santa Casa de Misericórdia)

A primeira anestesia geral realizada em Belo Horizonte data de 12 de junho de 1907, na Santa Casa de Misericórdia. Já o primeiro Serviço de Anestesiologia de Minas Gerais foi criado na década de 1950, também na instituição, que, em 1963, se tornou o primeiro estabelecimento mineiro – e um dos primeiros do país – a ser credenciado como Centro de Ensino e Treinamento pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA).

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Não há dúvida de que o pioneirismo que marca a trajetória do departamento de Anestesiologia da Santa Casa impactou o modo como a instituição tem atuado ao longo dos anos. “Sempre pensamos em evoluir e, hoje, somos o maior hospital a atender ao SUS em Minas, com mais de mil leitos e 1.500 cirurgias realizadas, em média, todos os meses”, afirma Kleber Costa de Castro Pires, atual chefe do Serviço de Anestesiologia.

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O médico integra a segunda geração a assumir o serviço. “Os pioneiros tinham muitas dificuldades para lidar com os equipamentos e se afirmar como especialistas, tendo que provar seu conhecimento a todo o momento”, conta. Naquela época, o grande nome era o Thadeu Pereira de Figueiredo, médico responsável pela profissionalização da área em Minas – foi em sua gestão que se iniciaram os treinamentos médicos na especialidade.

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“Em 1982, substituí o dr. Thadeu na organização da residência. Em 1986, assumi a chefia”, lembra Kleber. A mudança se tornou simbólica, pois marcou uma guinada na postura dos profissionais anestesiologistas, que passaram a se preocupar, sobretudo, com a gestão financeira do serviço e a união da classe, que se materializou na participação em instituições e cooperativas da categoria.

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Thadeu participou da fundação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), por exemplo. Kléber já foi membro da Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais (Samg) e da Cooperativa dos Anestesiologistas de Minas Gerais (Coopanest). E todos os médicos da Santa Casa são incentivados a fazer o mesmo.

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Clínica da Dor

Outra conquista dos anestesiologistas da Santa Casa se deu com a criação de um departamento próprio, que engloba o Serviço de Anestesiologia e a Clínica da Dor. Márcia Rodrigues Neder Issa, atual chefe do departamento, conta que ele foi criado há cerca de dez anos. A Clínica da Dor, entretanto, só se firmou nos últimos anos.

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(Márcia, no bloco cirúrgico da Santa Casa | Foto: Bruno Assis)

“A instituição realiza quatro mil internações por mês, então, temos uma atuação intensa em dores agudas e crônicas. Atendemos em nível hospitalar e ambulatorial, para interromper essas dores”, ressalta. E não são apenas os anestesiologistas que atuam na área. Cada vez mais ela se torna multidisciplinar, com a contribuição de profissionais de outras especialidades – como Radiologia e Neurologia. “Nosso pessoal está animado e os jovens começam a entender essa nova função. Nosso diferencial é o trabalho em equipe.”

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Espírito Santa Casa

Kleber tem 43 anos de formado – 42 deles vividos na Santa Casa de Misericórdia. Márcia terminou a residência em 1987 e nunca saiu da instituição. Todo esse tempo de dedicação mostra o carinho que ambos têm pelo hospital. E os dois são unânimes em dizer que há um “espírito de Santa Casa” em todos que trabalham por lá.

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“Você tem oportunidades de evoluir e ganhar dinheiro fora, mas não sai. Os desafios são grandes e nos ‘prendem’ aqui. Custei a entender o que era isso”, diz Kleber. Márcia concorda que é necessário ter um perfil diferenciado para estar na Santa Casa. “Além de atender os pacientes que precisam, temos o ensino. E todos nós fazemos esse trabalho com prazer.”

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Formação qualificada

A formação de jovens é outro diferencial do departamento. O hospital foi credenciado como Centro de Ensino e Treinamento em 1963 e, hoje, se encontra no primeiro quarto do ranking SBA. “Para os próximos anos, a expectativa é evoluir cada vez mais”, prevê Kleber.

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Márcia destaca o contato diário entre os profissionais mais experientes e os jovens. “A proximidade com o residente me obriga a estar sempre atualizada. Preciso ensinar não só a fazer anestesia, mas como atender o paciente.”

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Essa característica, segundo ela, cria um ambiente propício ao crescimento profissional, fator que faz de Márcia uma apaixonada pelo local. “Temos muita responsabilidade, tanto com a população quanto com os jovens que treinamos. Minha carreira profissional transcorreu praticamente toda aqui e, mesmo nos momentos de incerteza, optei por ficar. Trabalhar na Santa Casa é um enorme prazer.”

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